Sefin admite que prática é legal
Os bancos estão a aproveitar o facto de os clientes pedirem para renegociar algumas das condições dos seus contratos de crédito à habitação para rever o perfil de risco do cliente e, assim, aumentarem os spreads.
A revisão do perfil poderá ditar que o risco do cliente aumenta e por isso
A prática foi admitida ao «Jornal de Negócios» por dois bancos: o Millennium
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) afirmou que «não haverá lugar a outras alterações contratuais, a menos que solicitadas pelo cliente», e, contactada pela Agência Financeira, fonte do BPI garantiu que «não existe essa prática, a não ser nas condições expressamente previstas nos contratos. Por exemplo, se o cliente tiver maltratado
O spread, além de ser a margem de lucro do banco, é também um reflexo do risco de o cliente não pagar o empréstimo. Se o cliente pede um alargamento do prazo ou uma cedência de capital, estas acções podem ser interpretadas como um sinal de que o cliente está com dificuldades em pagar as prestações e, como tal, ditar um aumento do spread.
A Deco recomenda aos clientes que não aceitem esta subida, a não ser depois de analisarem muito bem as condições e apenas se concluírem que a renegociação é vantajosa, mesmo com o aumento do spread. No entanto, frisou a especialista
No entanto, acrescenta, a Deco não tem conhecimento de nenhum caso, nem mesmo naqueles em que participa na negociação, em que o banco tenha elevado o spread nestas condições.
Já a Associação Portuguesa dos Utilizadores e Consumidores de
Ministro diz que bancos têm de reflectir risco
A questão tem levantado polémica. Com a descida das taxas de juro, era de supor que o crédito iria ficar mais barato, mas a verdade é que os bancos têm estado a anular essa queda com o aumento dos spreads, nomeadamente nos novos contratos.
Um facto que não merece a reprovação do ministro das Finanças.