segunda-feira, 1 de junho de 2009

MAQUIL Internacional constrói “staff house” em Angola



O grupo Maquil Internacional vai construir em Angola uma “staff house” destinada a acolher os quadros portugueses que são responsáveis pelas diversas empresas do grupo com sede em Angola.

«Trata-se de uma infra-estrutura necessária, sobretudo agora que o grupo está a atravessar uma fase de expansão em várias frentes», disse o empresário luso-angolano Gomes de Castro, líder do grupo.

A “staff house” tem capacidade para albergar 10 funcionários em simultâneo, e proporcionará aos colaboradores segurança, e um elevado nível de qualidade de vida para os padrões de Angola, e mesmo internacionais.

O empreendimento funcionará como um pequeno hotel, com um quadro permanente de cinco funcionários, o que inclui cozinheiras, funcionários de limpeza e de manutenção de todo o complexo.

Saliente-se que em Angola só as petrolíferas e alguns grandes grupos internacionais é que proporcionam aos seus quadros (e só aos superiores) este tipo de instalações. Porém, apostar em edifícios próprios e com arquitectura moderna, trata-se mesmo de uma novidade neste país.

O equipamento vai ser construído em Viana, uma vila a cerca de 30 quilómetros de Luanda que conhece uma grande expansão económica. É precisamente em Viana que estão a ser criadas grandes superfícies comerciais e industriais, passando a localidade a ser o pólo industrial mais importante de Angola.

Para isso estão já a ser criadas todas as infra-estruturas necessárias, tais como auto-estradas e caminhos-de-ferro.

De acordo com os arquitectos Diogo Esteves e Cristina Fonseca, responsáveis pelo gabinete DRCF – Arquitectos e Associados Angola, o projecto foi concebido tendo em conta «as necessidades do grupo em termos de recursos humanos, mas que proporcionasse aos seus utilizadores uma estadia confortável, com momentos de convívio e que respeitasse a individualidade de cada um. De formas simples e minimalistas, é composta por dois pisos. No piso 0 situam-se as salas de convívio e de jantar, casas de banho e cozinha. Todas as salas têm bastante luz natural e estendem-se para o jardim através de um deck exterior em madeira. No piso 1 estão projectadas 10 suites, todas dotadas de uma pequena varanda exterior, o que constitui um espaço individual de relaxamento e de contemplação muito íntimo».

Os arquitectos, que são portugueses e estão radicados em Angola desde 2007, revelam ainda que a principal intenção do projecto foi «criar espaços comuns de convívio com uma boa relação com o exterior e, ao mesmo tempo, deixar que o jardim entrasse na própria estrutura. Para isso foram criados jardins interiores e grandes vãos».

Esta infra-estrutura, que terá uma área coberta de 659 metros quadrados e uma área bruta de 886 metros quadrados, tem o custo aproximado de 1,5 milhões de dólares, devendo ficar pronta em 2010, um ano depois do início das obras, o que ocorrerá em meados deste ano.
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Quem é Maquil Internacional ... do Engº Gomes de Castro ...

Procurou oportunidades de negócio em Angola e instalou-se no país no início dos anos 90. Fornece bens para vários sectores e prepara novos investimentos.

Ele é um português que acha as angolanas mais bonitas que as brasileiras. O tempo (não se confunda com meteorologia) também tem a sua influência nestas decisões estéticas. Gomes de Castro leva mais de duas décadas a viver em Angola e o Brasil só o teve lá por alguns anos. E é a Angola das mulheres bonitas que guarda o pequeno império empresarial do português.

É preciso recuar à década de 70 para entender melhor o que se conta. Então, Gomes de Castro, hoje com uns jovens 76 anos, decidiu ir para o lado de lá do Atlântico. Já tinha experimentado projectos empresariais em Portugal em diversas áreas, mas este homem não estava destinado a assentar no País que o trouxe à vida. Aterrou no Brasil, onde passou pela construção civil, mas os ventos acabaram por trazê-lo de volta a este cantinho europeu. Não foi desta que ficou lá fora, mas estava quase.

Já na década de 80, começa a fazer viagens sucessivas a uma outra paisagem onde o português se fazia ouvir - Angola. Faz prospecções de mercado, para perceber o que faltava nas terras das belas mulheres africanas, e toma a decisão definitiva em 1990, ano em que parte definitivamente para Angola. E por lá ficou até hoje.

Começou "por vender de tudo", porque era uma fase em que faltava tudo a um país que hoje tem quase tudo. "Desde remédio de ratos até fechaduras", Gomes de Castro lançou-se em pequenos negócios que se fizeram grandes. Pelo meio, articula a empreitada com Portugal, onde vem buscar o que precisa para vender em Angola o que era preciso. É com o conceito "vender de tudo" que se torna num importador, distribuidor e comerciante de produtos e equipamentos para todos os sectores e segmentos de actividade - construção civil, agricultura, metalomecânica, hotelaria, hospitais, entre outros, são alguns dos campos de actividade para onde fornece materiais.

Aos poucos, estrutura empresarialmente este negócio assente na importação e posterior venda em Angola. Começa por comercializar os produtos e bens de equipamento na inevitável Luanda, onde nasce a sua Maquil, e expande o conceito a Lubango (é onde está a sua Maquitel), a Huambo (sede da Maquifer) e a Lobito (casa da Romafe). Isto é, o negócio do "vender tudo" conquista quatro localidades e transforma Gomes de Castro numa espécie de "pop star" do universo empresarial angolano.

A este pequeno império somam-se ainda os retoques definitivos: a Maquil Internacional, com sede em Angola, torna-se no chapéu empresarial de toda a actividade; a Maquimar, em Namibe, centra-se exclusivamente na comercialização de produtos para a construção civil e agricultura; a Gomang, que está em Portugal, assume a exportação dos materiais que partem sobretudo da Europa e que são vendidos na Angola de Gomes de Castro; finalmente, há a novíssima Eurotubos, a nova menina do empresário, que será uma fábrica de produção de tubos e outros produtos em PVC - vai custar 25 milhões de dólares.

Responsável pelo emprego de 85 pessoas (vai criar mais 45 postos de trabalho em breve) e com um grupo que facturou 70 milhões de dólares no ano passado, é assim que o futuro surge a Gomes de Castro: "Hei-de morrer a trabalhar. Mas o que faço não é por obrigação, é por prazer".

A vida dá trabalho aos 76 anos.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Após queda de 50% em 2008 - Imobiliário institucional recupera em meados do ano

A actividade de investimento imobiliário institucional em Portugal desacelerou no quarto trimestre de 2008, à semelhança do que se verificou na Europa ? e apesar do ?efeito de alavanca? resultante do atraso de operações concretizadas apenas no fim do ano?, registando uma queda de 6% face ao trimestre anterior, revela a CB Richard Ellis (CBRE).
Segundo a consultora, os últimos três meses do ano foram os que evidenciaram menor dinamismo do mercado de transacções imobiliários, com o volume total de investimento a rondar os 104 milhões de euros. Em termos agregados, o ano de 2008 acabou por evidenciar um volume total de investimento na ordem dos 700 milhões de euros, traduzindo uma descida de 50% relativamente a 2007, e um valor similar ao registado em 2005.
As previsões da consultora imobiliária apontam para que os primeiros meses de 2009 sejam de estabilização, enquanto a partir de meados do ano se deverá dar um movimento de recuperação, motivado pela aproximação de valores de oferta e procura.
«No quarto trimestre de 2008 registou-se um aumento significativo nas taxas de capitalização prime (prime yields) um pouco por toda a Europa, com um crescimento médio a rondar os 30 a 40 pontos base. Esta evolução irá permitir, de certa forma, uma aproximação entre os valores de oferta e de procura, e contribuir para um aumento da actividade do mercado de investimento em 2009», explica Michael Haddock, director do departamento de Research de Capital Markets da CB Richard Ellis para a região do EMEA (Europa, Médio Oriente e África).
À semelhança do que se verificou em 2008, os investidores institucionais e os investidores de elevada liquidez vão continuar a ser os principais players do mercado de transacções imobiliários nos próximos tempos, antevê ainda a consultora.
Escritórios dominam investimento
No que se refere ao tipo de activos transaccionados, o último trimestre de 2008 evidenciou uma preponderância, em termos de valor, de escritórios, com uma quota de cerca de 82% do total investido, que representa exclusivamente a aquisição do edifício Art´s Business Centre, no Parque das Nações. Esta transacção acabou por determinar também a importância dos investidores estrangeiros no sector, nomeadamente dos alemães, claramente dominantes ao longo do período em análise, revela a CBRE.
Tendo em conta o número de operações realizadas, o segmento de retalho esteve em evidência, com 75% dos negócios concretizados nos últimos três meses de 2008, destacando-se a aquisição de um portfólio de unidades de retalho alimentar (nomeadamente da cadeia Dia/ Minipreço) e um portfólio de várias lojas de rua, ambas as transacções feitas através de operações de sale & leaseback.
Fonte: Jornal SOL,

domingo, 1 de março de 2009

Pagar menos 203 euros por crédito de 150 mil euros

Prestação da casa caiu 200 euros num ano
Euribor a seis meses caiu 53,3% em 12 mesesAs taxas de juro Euribor voltaram a cair em Fevereiro. Assim, quem contrair um novo empréstimo no próximo mês de Março ficará a pagar menos 203 euros de prestação do que há um ano atrás, para um crédito de 150 mil euros, avança o «Diário de Notícias». Ou seja, uma queda de 24,2% no valor mensal.
A taxa de juro Euribor a seis meses caiu 53,3% no espaço de um ano, fechando o mês de Fevereiro no valor médio mensal mais baixo de sempre, 2,034%.
Apesar dos portugueses poderem usufruir de taxas de juros em mínimos históricos desde a utilização do indexante Euribor, este benefício é, contudo, condicionado pelas maiores dificuldades no acesso ao crédito, com os bancos a apertarem os critérios de análise de risco de quem pede um novo empréstimo.

Informação retirada da: www.agenciafinanceira.iol.pt

domingo, 25 de janeiro de 2009

Crédito habitação: aproveitam renegociação para subir spreads

Sefin admite que prática é legal

Os bancos estão a aproveitar o facto de os clientes pedirem para renegociar algumas das condições dos seus contratos de crédito à habitação para rever o perfil de risco do cliente e, assim, aumentarem os spreads.

A revisão do perfil poderá ditar que o risco do cliente aumenta e por isso o preço a pagar será maior.

A prática foi admitida ao «Jornal de Negócios» por dois bancos: o Millennium bcp e o Santander Totta referiram que poderá haver uma revisão do perfil dos clientes, durante a renegociação.

CGD e BPI não têm esta prática

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) afirmou que «não haverá lugar a outras alterações contratuais, a menos que solicitadas pelo cliente», e, contactada pela Agência Financeira, fonte do BPI garantiu que «não existe essa prática, a não ser nas condições expressamente previstas nos contratos. Por exemplo, se o cliente tiver maltratado o imóvel e este agora valer mais do que no início do contrato, é normal que o banco exerça esse direito. Mas normalmente, não há lugar à alteração do spread quando o cliente pede para renegociar outras condições do contrato», disse. Contactado o Banco Espírito Santo, ainda não foi possível obter uma resposta.

O spread, além de ser a margem de lucro do banco, é também um reflexo do risco de o cliente não pagar o empréstimo. Se o cliente pede um alargamento do prazo ou uma cedência de capital, estas acções podem ser interpretadas como um sinal de que o cliente está com dificuldades em pagar as prestações e, como tal, ditar um aumento do spread.

A Deco recomenda aos clientes que não aceitem esta subida, a não ser depois de analisarem muito bem as condições e apenas se concluírem que a renegociação é vantajosa, mesmo com o aumento do spread. No entanto, frisou a especialista Natália Nunes à Agência Financeira, esta prática não é considerada ilegal. «É apenas mais um elemento da renegociação», disse.

No entanto, acrescenta, a Deco não tem conhecimento de nenhum caso, nem mesmo naqueles em que participa na negociação, em que o banco tenha elevado o spread nestas condições.

Já a Associação Portuguesa dos Utilizadores e Consumidores de Serviços e Produtos Financeiros (Sefin), considera que a prática é legal e admite ter já recebido relatos de consumidores sobre esta prática.

Ministro diz que bancos têm de reflectir risco

A questão tem levantado polémica. Com a descida das taxas de juro, era de supor que o crédito iria ficar mais barato, mas a verdade é que os bancos têm estado a anular essa queda com o aumento dos spreads, nomeadamente nos novos contratos.

Um facto que não merece a reprovação do ministro das Finanças. Teixeira dos Santos disse quarta-feira no Parlamento que os bancos devem reflectir o risco dos empréstimos e dos clientes nos spreads e afastou impor qualquer limitação ou rigidez na relação entre as taxas de juro e os spreads.